sábado, 13 de abril de 2013

Imagine Hot com Liam Payne

Eu estava correndo... Correndo com meu olhar afogado em lágrimas... Meus pés estavam me guiando pro lugar no qual eu sabia que essa dor iria diminuir. Não sumir, mas diminuir. Eu corria por aquela rua mais que conhecida e entre as lágrimas, eu vi a porta da casa que eu mais tinha frequentado nos últimos meses. A casa dele. Toquei a campainha como uma louca, sem parar, até ver as luzes da sala se acenderem. Eu, agora, chorava ainda mais, revendo as cenas que não saíam da minha mente nem por um segundo. Eu já estava batendo na porta, chorando de soluçar, me perguntando por que raios ele não abria aquela merda de porta.
- JÁ VAI!!! – Ele gritou meio raivoso. Lembrei que ele odiava ser acordado. Ainda mais às 3h50min da manhã. Eu ouvi o barulho da chave na porta e minhas lágrimas começaram a cair mais pesadas.
Ele abriu a porta só de samba canção, com a cara toda amassada e o cabelo um horror... Nem sei como consegui ver tudo isso com a vista completamente embaçada pelas lágrimas.
- (S/N)? (S/N), linda, o que houve? – Liam me perguntou assustado. Eu nem pensei em nada. O abracei como se a minha vida dependesse daquilo. Meu choro e soluços só aumentavam e eu sei que isso estava deixando-o nervoso.
- Vem, vem... - ele sussurrou enquanto me puxava para dentro de casa, fechando a porta e nos sentando no sofá. Eu o estava banhando com minhas lágrimas, mas ele parecia não se importar.
- Eu tô aqui... – Essas palavras sempre me acalmavam. Principalmente vindas de Liam. Ele me conhecia tão bem... Depois de “Eu tô aqui”, Liam não disse uma única palavra até eu me acalmar e parar (lê-se: diminuir) o choro. Isso foi, mais ou menos, lá perto das 5h. Eu nem tinha mais lágrimas e se eu estivesse no lugar do Liam, eu teria dormido abraçada à pessoa que não parava de chorar. Mas ele não. Ele ficou me acariciando até eu me acalmar.
- Eu te molhei todo... – eu disse, secando as lágrimas. Ele soltou um risinho e me encarou.
- Depois eu tomo um banho... Afinal, daqui a pouco eu já tenho que ir pra faculdade.
- Ah, Liam... Desculpa. Eu não deveria ter te incomodado... – Eu me levantei pra ir embora, mas ele segurou meu pulso e me fez sentar de novo.
- O que houve, (S/N)? Você não faria isso à toa. Não me acordaria no meio da noite por besteira. - Eu já disse que ele me conhecia bem demais? – Vai me contar? Quer me contar? – Ele sabia que eu precisava contar.
- Peter... – As lágrimas já queriam retornar aos meus olhos. – Ele... Jodie... – Minha voz começou a embargar. - Eles estavam... Estavam... Ah Liam, não me faça dizer isso... – Algumas lágrimas voltavam a correr pelo me rosto e Liam as secou, mandando-me parar de falar e me abraçando de novo.
- Eu vou... - ele começou, com a voz transbordando raiva.
- Ficar quietinho na sua. – Eu o encarei. – Não quero que você faça nada, escutou, Payne?
- Eu não posso deixar isso barato, (seu sobrenome)! – ele disse, implicando comigo, como eu fiz com ele.
- Pode sim e você vai. – Ele fez uma careta. – Promete que não vai fazer nada, Liam. Promete. – Eu sabia que Liam não resistiria à minha cara de choro implorando algo a ele.
- Prometo – ele disse, derrotado.
- Obrigada. – Eu o abracei de novo. Eu estava afundada no pescoço dele, sendo afogada no cheiro bom que ele tinha. Foi essa hora que eu percebi que Liam estava sem camisa, com todo seu peito e abdômen nu. Como eu achava Liam incrivelmente... hot. As garotas sempre caíam matando no meu melhor amigo. Às vezes, na maioria delas, eu morria de ciúmes, ou eu ajudava a se livrar das garotas dizendo que era namorada dele. Liam não gostava do Peter, meu, agora, ex-namorado. Ele sempre disse que nunca confiava nele e, no fundo, ele estava certo.

Eu odiava quando Liam estava certo. E isso não aconteceu muito em nossos quatro anos de amizade, mas quando ocorreu, foi fatal. Quatro anos... Tudo isso... Liam e eu nos conhecemos quando eu tinha 15 e ele, 17. Nós ainda éramos vizinhos e ia ter A FESTA na casa de uma garota. Eu estava fugindo de casa para ir à festa, assim como ele. Tinha uma árvore na frente da minha casa e, eu estava descendo do meu quarto por ela. Liam estava amarrando o cadarço abaixo da árvore quando eu desequilibrei e caí, em cima dele, fazendo ele quebrar o braço. Eu lembro o desespero naquela noite. Ele urrou tanto que os meus pais e os pais dele acordaram. Ficamos de castigo por mais de um mês. E Liam ainda ganhou um gesso de lembrança. Depois disse ele a gente começou a se falar, com ele me chamando de ‘garota-que-quebrou-meu-braço’. Passamos a ser amigos depois disso. Mas quando eu fiz 16 anos, meus pais se mudaram para 3 quarteirões longe dali. Mesmo com isso, Liam vivia na minha casa e eu, na dele. Duas semanas depois de Liam completar 18 anos, os pais dele morreram em um assalto a mão armada. Foi o pior ano para ele. Eu ficava com ele todos os dias, mas parecia que isso nunca ia passar. Até, Jodie. Sim essa. Ele começou a namorá-la e isso parecia deixá-lo radiante. Eles ficaram um ano e meio namorando. E quando eu fiz 18, conheci Peter e começamos a namorar. Liam já tinha terminado com Jodie, mas ela dizia que nunca deixaria de amá-lo. Ô ilusão. Eu estou aqui, 1 ano de namoro jogado no lixo, quando vi Peter e Jodie juntos na cama dele. Horrível. Liam e eu passamos por muitas coisas juntos. Coisas demais... Olhei no relógio e eram 5h30mim. Liam tinha que começar a se arrumar pra faculdade.

- Liam... Você tem que ir pra faculdade. – Eu tentei me levantar, mas ele não deixou.
- Eu não vou.
- Não vai?
- E te deixar sozinha? Sem chance!
- Eu já estou bem. Pode ir.
- Não. Quero ficar com você... Cuidando da minha menina... – Eu levantei o rosto e ele sorriu pra mim. Eu sempre adorei o sorriso dele. Eu me derretia no sorriso dele. No sorriso e no olhar. Os olhos deLiam pareciam ler tudo o que eu sentia, tudo o que eu era. Nesse momento, parei meu olhar nos lábios dele. Eles me pareciam extremamente convidativos. Eu fui me aproximando e Liam não recuou. Nossos lábios se uniram e uma sensação nova me invadiu por completo. Liam segurou minha nuca e nós aprofundamos o beijo. Eu estava ótima. O beijo de Liam estava me levando às nuvens. Aquilo estava incrivelmente bom. Eu precisava de mais. Comecei a alisar a barriga de Liam, vendo-o se arrepiar com isso e ele sorrir. Nós paramos de nos beijar e eu parti para o pescoço e orelha de Liam. Ele pôs a mão dentro do meu moletom e começou a levantá-lo. O toque dele fez eu me arrepiar dos pés à cabeça. Nos separamos pra eu tirar o moletom e nós ficamos nos encarando.

- Sentir isso é errado? – ele me perguntou, acariciando meu rosto e puxando meu corpo para mais perto dele.
- Eu não me importo – eu sussurrei, vendo-o sorrir e voltar a me beijar. Eu realmente não me importava se era errado ou não, eu só precisava senti-lo, cada vez mais e mais. Eu estava com cada vez mais vontade dele. E ele de mim.
- (S/N)... – Ele cortou o beijo. – No sofá não... – Eu, que já estava deitada por cima dele no sofá, me levantei, desabotoando e deixando a calça pela sala. A gente foi subindo a escada sorrindo, gargalhando, na verdade. Nós quase caímos umas milhões de vezes até chegar ao quarto dele.

Assim que chegamos lá, ele tratou de se livrar do meu sutiã e estávamos igualados em relação a roupas. Segundos depois de sentir nossos corpos ainda mais unidos, eu senti minhas costas já no colchão. Liam soltou um risinho safado que fizeram meus olhos e todo o meu corpo se encher de luxúria e desejo. Ele começou a se concentrar no meu pescoço, chupando e dando leves mordidas que, com certeza, deixariam marcas. E se ele deixaria suas marcas, eu também o faria. Arranhei toda a extensão de suas costas, que soltou um gemido de dor e me excitou mais. Comecei a direcionar minhas mãos para a samba canção dele e começando a abaixá-la. Eu sentia seu membro rígido em mim e não conseguia sequer pensar que estava prestes a transar com meu melhor amigo.

Ele desceu de meu pescoço para meus seios, me fazendo soltar suspiros mais altos. Ele continuou descendo pela minha barriga até chegar à barra da minha calcinha e me fazendo sorrir. Ele desceu minha última peça íntima e jogou no abajur, me fazendo gargalhar. Ele estendeu sua mão até a cômoda e pegou a camisinha. Eu peguei da mão dele e resolvi botar eu mesma. Assim que cheguei ao fim do seu pênis, ele me acariciou o rosto com muita doçura, me fazendo abrir um sorriso idiota.

- (S/N)... Você tem certeza? Eu não quero que você faça algo porque está magoada, ou por achar que estou te pressionando... Eu não quero que você se arrependa e... – Eu o beijei. Eu nunca tive tanta certeza de algo. Entregar-me ao Liam era o que eu queria fazer. Eu não me arrependeria. O virei, deitando-o na cama e me posicionei sobre ele, encaixando nossos corpos. Liam fechou os olhos como se uma brisa leve passasse por seu rosto e esboçou um leve sorriso. Eu comecei a me movimentar sobre ele, que mantinha as mãos na minha bunda, me guiando. Nossos gemidos começaram a surgir e a cada segundo eu me movimentava mais. Quando estávamos em um ritmo mais acelerado, ele me virou, ficando por cima e me fazendo rir. Ele me penetrava mais e mais fundo nos fazendo gemer cada vez mais alto. Tenho certeza que estávamos perto do orgasmo quando ele me beijou calmamente. Isso me fez chegar ao meu ápice e ele diminuiu os movimentos até urrar de prazer. Ele continuou deitado sobre mim e eu fiquei acariciando-lhe as costas. Ele levantou o rosto e me beijou de novo.

- Eu... Eu... – Ele tentou mas eu o interrompi.
- Eu te amo, Liam. – Ele arregalou os olhos para mim, assustado. - O que foi?
- Você... O que você disse?
- Eu te amo. Isso é difícil de entender? Eu acho que sempre te amei e... – Ele me beijou. Dessa vez mais intenso. Começamos a aprofundar o beijo, mas ele parou.
- Ainda não. – Nós gargalhamos. – Vou ao banheiro, já volto. – Eu o vi levantar e ir ao banheiro. Eu me cobri com um lençol fininho e acabei caindo no sono.

[...]

Acordei com meu celular berrando ‘New Perspective’ e Liam me abraçando pela cintura. Nem sei como meu celular foi parar no criado mudo do quarto, mas... Olhei no visor e lá estava escrito: ‘Eleanor’. Respirei fundo e resolvi atender, sentindo Liam me abraçar mais forte quando eu me mexi.

- Alô. Que foi, Eleanor? – eu atendi com a voz embargada.
- ONDE VOCÊ ESTÁ?! – ela gritou no meu ouvido. Estava cedo pra caramba e ela gritando no meu ouvido. – POR QUE NÃO VEIO PRA FACULDADE?! POR QUE NÃO ME AVISOU?!
- Eu... Desculpa. Eu estava... Eu estou com Liam.
- Ah... Ele também não foi pra faculdade?
- Não... E nem acho que vá querer ir pra cafeteria à tarde. – eu disse, vendo a carinha suave dele dormindo.
- (S/N) (seu sobrenome)... Sua vozinha me indica coisas... O que aconteceu? – Eleanor me conhecia bem demais.
- É uma historia longa demais. Faz uma coisa: vai lá em casa mais tarde, depois da faculdade e eu te conto.
- Tá. Às 19h eu vou estar na sua casa.
- Tá. Agora eu vou voltar a dormir.
- Ok. Tchau.
- Tchau. – Eu desliguei, ainda vendo a respiração profunda de Liam. Eu nunca quis admitir, mas todo aquele ciúme, todas as conversas de horas, tudo o que passamos, foram aos poucos me fazendo amá-lo. Quando isso começou? Eu não fazia idéia. Dei um selinho nele e o vi se mexer de leve. Ele abriu os olhos preguiçosamente, sorrindo quando meus olhos encontraram os dele. - Bom dia... – eu sussurrei sorrindo como uma idiota.
- Ótimo dia... – Ele sorriu em seguida. – Eu ouvi o celular.
- Era a Eleanor. Sentindo minha falta na faculdade. Estava preocupada.
- Você disse o que?
- Que estava com você, não podia? – Eu perguntei imitando a raivosa. Ele gargalhou e beijou.
- Claro que podia, Srta. Esquentadinha. Na verdade, eu ficaria muito chateado se você não o fizesse. – Ele disse isso enquanto acariciava meus cabelos. Ficamos um tempo comigo escorada no peito dele e ele me fazendo cafuné. Estava muito bom. – (S/N)...
- Hum...
- Como ficamos agora? – Eu não sabia. Não fazia ideia.
- Eu... Eu não sei, Liam. Eu tenho medo de não ser o mesmo.
- Eu também, mas ao mesmo tempo, eu quero que mude.
- O quê? – Ele me confundiu. Eu me ajeitei e fiquei olhando nos olhos de Liam, apoiada em seu peito.
- Eu te amo. Te amo e não queria que o jeito que a gente se trata, nossa cumplicidade mudasse. Mas eu não quero e não posso continuar como só o seu amigo. – Meu coração estava batendo forte.LiamPayne, o Garanhão, estava prestes a fazer o que eu achava o que ele faria?! – Acho que não dá mais, né?
- Liam, eu...
- Shhh. Eu fiquei acordado até um pouco mais tarde ontem, pensando nisso. E só cheguei a uma solução.
- Qual?
- Pare de se fazer de boba... Você sabe muito bem qual! – ele disse, me fazendo gargalhar.
- Eu não sei nada... Você vai ter que me falar... – Eu fiz charme.
- Você quer romantismo, certo? – Eu ri. – Levanta, toma banho e me espera aqui – ele disse, saindo da cama e começando a se vestir.
- Aonde você vai? – Eu perguntei, vendo-o escovar os dentes correndo e dando um jeito no cabelo.
- Vou ser romântico. Já volto. – Ele me beijou e saiu, me deixando sozinha em casa.

Eu já tinha tomado uma ducha demorada, me vestido e estava penteando o cabelo quando ouvi uma melodia ao longe. Uma melodia que eu conhecia de algum lugar... Foi quando eu ouvi a voz. Essa sim eu tinha certeza de que conhecia.
“You're just too good to be true
can't take my eyes off of you
You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
and I thank God I'm alive
You're just too good to be true
can't take my eyes off of you…”


Eu ouvi Liam cantar na rua. Corri pra janela e eu o vi lá, com um microfone ligado num carro de som. Eu já disse o quanto a voz de Liam é linda? Ele cantava e eu tratei de descer e ir para a porta. Eu nem ouvia a musica, só me preocupava em ir em direção a ele. Comecei a prestar atenção quando a música estava chegando ao refrão.

Nós estavamos com os narizes grudados e eu estava esperando pelo refrão, que sempre foi minha parte favorita. Nós dois sorríamos como idiotas quando eu ouvi uma banda colegial vir do fim da rua, tocando o início do refrão. Liam voltou a cantar.




“I love you baby and if it's quite all right,
I need you baby to warm the lonely nights
I love you baby trust in me when I say
Oh pretty baby don't bring me down I pray
Oh pretty baby now that I found you, stay
And let me love you baby, let me love you…”


Ele se afastou de mim e começou a dançar pela rua ao som da banda, que nem louco. É, hora de vetar o filme “10 coisas que eu odeio em você” para Liam. Eu estava abobalhada com os olhos cheios de água, emocionada... Os vizinhos começaram a vir para as janelas rindo, alguns reclamando...

A música já estava no fim e eu continuava lá, parada no jardim, vendo Liam se declarar da maneira mais divertida e romântica que eu já tinha visto. Ele cantou a última frase e a banda parou. Ele continuou no microfone.

- Eu ainda acho você boa demais pra ser verdade. Nunca imaginei que cairia de amores por você. Ou que você pudesse corresponder isso. E só sei que eu percebi que estava apaixonado quando não pensava em outra coisa a não ser qual seria o gosto do seu beijo, ou quando, do nada, você vinha e povoava meus pensamentos por um bom tempo. Eu diria dias e dias inteiros. Eu percebi que não havia outra que me faria sentir do jeito que você faz quand eu não conseguia mais tirar meus olhos de você; quando eu não conseguia mais ficar imune ao seu sorriso ou a sua carinha de pidona. Nós passamos por muita coisas juntos e eu quero que continuemos enfrentando bastante coisas juntos, mas agora de maneira diferente. – Eu, idiota como sou, já estava chorando como um bebê. – (S/N)(seu sobrenome), você quer ser minha namorada? – Ele sorria ansioso. E eu? Eu estava chocada com tudo aquilo. Não sabia o que dizer. Minhas últimas horas tinham perturbadoras: vi meu ex-namorado me trair com a ex-namorada do meu melhor amigo; meu melhor amigo que eu acabei transando depois da cena fatídica; eu disse que o amava; eu sei que ele me ama; ele cantou “Can’t take my eyes off you” no meio da rua, com uma banda colegial e todos os vizinhos estava olhando; ele acabou de me pedir em namoro. PANE. Eu não conseguia falar... E as lágrimas não paravam de sair dos meus olhos. Eu sorri e o beijei.

- Claro que sim. – Foi a única coisa que eu consegui sussurrar antes de ouvir os vizinhos e a banda aplaudirem. 

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